24 de mai. de 2011

Competitividade turística à prova

Governo, Sebrae e FGV realizam pesquisa para combater déficits e guiar investimentos em escala nacional.


Fernando de Noronha



  O Ministério do Turismo, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) estão realizando mais uma pesquisa para a construção do Índice de Competitividade do Turismo, que avalia 65 destinos indutores da atividade no país. Nesta lista estão o Recife, Ipojuca (Porto de Galinhas) e Fernando de Noronha. Elaborada desde 2008, a série histórica tem criado uma base de dados para a construção de políticas para o setor e ajudado os municípios a adequarem investimentos para áreas consideradas deficitárias.

  Segundo Denise Marques, assessora técnica da Secretaria de Turismo do Recife, o índice tem ajudado a identificar aspectos deficientes e também a encontrar soluções para o trade turístico. “Um bom exemplo é a questão do marketing. Temos várias ações premiadas nesta área, mas não possuíamos ainda um plano de marketing que colocasse o produto turístico do Recife num ciclo de ações. Outras demandas que estamos trabalhando são a elaboração de um site para divulgar e vender o destino e a manutenção das placas de sinalização turística”, explica. O índice tem criado uma base de avaliação de 13 aspectos: infraestrutura; acesso; serviços e equipamentos turísticos; atrativos; marketing promocional do destino; políticas públicas; cooperação regional; monitoramento; economia local; capacidade empresarial; aspectos sociais, ambientais e culturais.

  Denise Marques acrescenta que a proximidade da Copa do Mundo tem acelerado as demandas no setor, tornando mais urgentes os aspectos apontados pelo Índice de Competitividade do Turismo. “As visitas técnicas deste ano ainda serão feitas. Apesar de não estarem dentro dos 65 destinos indutores, Olinda e Petrolina também entrarão nesta avaliação”, completa a assessora, citando a necessidade de mais leitos de hotéis como outra demanda apontada pelo estudo e que precisa ser atendida. Ela lembra que a ocupação média saiu da casa dos 30%, em alguns casos, para 95%.

  “Se você me pergunta se haverá tempo para preparar tudo para a Copa, lembro o ex-ministro do Turismo Luiz Barreto, que dizia: „Vai ter de acontecer‟. A Fifa é bem clara, ou faz ou não tem Copa. Mas não são as construções que me preocupam. O foco maior tem de ser na prestação de serviços de qualidade para todos os visitantes”, enfatiza. Para a técnica, o evento mundial é uma oportunidade de atrair turistas e a qualidade dos serviços será um diferencial.

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